domingo, 26 de fevereiro de 2012

A amizade em tempos de Facebook



Estava no meu canto, no tengo sueños[1], pensando em alguns que não gostam de mim. Porque me tratam assim? Que pena! Há algumas pessoas, que amas, respeitas, valoras e intentas estar com elas -apesar dos seus defeitos, mas vêm situações onde te dás conta que nem merece a pena conhecê-las.
Uma vez, escrevi uma pergunta no Facebook: porque escreves sempre no Facebook sem que ninguém dos teus “amigos” comente? A minha resposta foi assim: Vale; já não me importa nem o que dizem nem o que fazem os outros, o que mais importa, para mim, é o sabor da escrita…nada mais!
 É verdade que o Facebook nos ajuda muito a encontrarmo-nos com amigos ou com familiares, que o destino separou. Mas agora, é uma forma de conseguir novos amigos, apesar de serem amigos virtuais. Falas, conversas e partilhas os teus sentimentos, ideias e também fotos e vídeos. E no fim ninguém faz caso dos teus sofrimentos, só teclam sobre “Gosto”. Já tenho quase cem amigos, mas só falo com quatro ou cinco deles.
A amizade, no seu sentido puro, já se perdeu. O amigo, para mim, é essa pessoa que está sempre comigo quando me sinto triste ou feliz; o verdadeiro amigo é aquela pessoa que te ama mais que a si mesmo e também é aquele que deixa um enorme saudade no teu coração. Nesse sentido, recordei-me dum poema intitulado “canta, amigo, canta” que estudámos no primeiro ano de Estudos Portugueses, com o meu professor de português Pr. J.N. da COSTA. Foi (o poema) um bom exemplo da amizade fora do que é virtual. Mas nesta época, amigo é só o que tem muito dinheiro e não sei que mais…  
Hoje, coloquei esta pergunta no meu mural de Facebook: “É verdade que um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão?” e ainda não, não há resposta!!! A esperar estou eu…
                                                  


                                              
 Um marroquino nas aulas lusas
Rabat 08/12/11



[1] Expressão espanhola que significa “ainda não, não dorme”

“Te adoro…te amo…te adoro”.



Lembrar a minha infância
é algo que intento
cada vez que choro.
Brincando, brincando com letras
Mais uma paixão, eu quero sonhar.
Às vezes mordo como quem beija
Quando quero falar de mim,
Encontro-me falando dum outro…
O horror é um sentimento nobre, sem ele
ninguém  pode  conhecer  a tua verdade...
Quero dizer-te muitas coisas
A tua amizade vale muito,
Quero dizer que se amanhã deixasses de existir,
Observar-te-ia  no céu e cuidar-te-ia…
Quero que saibas que te adoro muito e isso
 é muito importante para mim.
Lembra-te que nunca sabemos quando deixamos de existir
Por isso quero dizer-te o último verso do poema:
                                “Te  adoro…te amo…te adoro”.


Lembro-me de ti….Vida


Lembro-me do dia de perder a virgindade.
Lembro-me do primeiro beijo…
Lembro-me dos castigos da minha mãe.
Lembro-me do dia do nascimento do meu irmão.
Lembro-me da primeira mudança para Rabat.
Lembro-me da minha nova escola, da minha primeira e última aula em Wadi-dahab.
Lembro-me do último dia com o meu avô.
Lembro-me como foi a última hora na faculdade.
Lembro-me dos castigos do furioso Slimani (meu maestro), odeio-o até a minha morte.
Ah! Lembro-me do único e último amor.
Lembro-me de, quase, todos os momentos maus e tampouco dos bonitos.
Lembro-me de meu primeiro pecado que nunca me deixou a memória
Lembro-me da minha primeira noite e do jantar na Residência Universitária.
Lembro-me da minha visita ao Cervantes de Rabat.
Lembro-me de meu primeiro curso na faculdade.
Lembro-me do meu último beijo, foi no Natal.
                               Não me lembro nem de ti nem de ninguém, não quero lembrar-me…

Amor maldito

Kamal amava Amal que amava Khalid 
que amava Huda que amava Jawad que amava Laila
que não amava ninguém
Kamal foi para Portugal, Amal para Espanha,
Khalid morreu de desastre, Huda ficou para tia,
Jawad voltou para a sua aldeia, 
Laila casou com Hicham
que não entrava na história. 

                                   *inspirado do poema “Quadrilha” de C.D. de Andrade (1902-1987)

És tu…


Se tivesses algo que dizer-me
Antes de dormir, estaria cá.
Diz-me a verdade,
Não me escondas mais.
Algo se passa, noto-o ao ouvir a tua voz.
Às vezes sinto-me sozinho sem querer,
Sem ti, não posso suportar.
Obrigado por existires e fazer-me feliz,
Cada segundo da minha vida.
O mais bonito que poderia passar-me na vida, és tu.
A única que quero ter na vida és tu.
                                Te quero muito e amo-te para sempre.

Levanta-te…



A alma é amazigh
A terra é amazigh
Tudo é amazigh,
Onde te escondeste? Onde foste?
Onde estás? Onde te escondeste?
Com tristeza escrevi, com amor esperei,
Desde séculos esperamos,
Que chegue sem descanso, a liberdade.
Falo-te ….“homem livre”,
levanta-te… levanta-te …

O meu futuro…

                                 Estava sentado no meu canto
Com os meus pensamentos,
a esperar que ela ligaria
Para voltar em algum momento.
Ela sabe que vou chegar. Claro…
De braços abertos.
                                Te amo, te adoro…até à morte

Ricos Sonhos

Tenho sonho de bolos
Tenho mau tempo
Às vezes não posso sonhar
Sonho muito sem descansar…
É coisa de Deus,
É amor de mais,
Verdadeiros e profundos são os sonhos meus;
Ando sem pensar
Marcho sem querer
Amo sem odiar
Canto sem descansar
Adoro-a e ela não me odeia

A amizade em tempos de Facebook

Estava no meu canto, no tengo sueños [1] , pensando em alguns que não gostam de mim. Porque me tratam assim? Que pena! Há algumas pesso...